quinta-feira, 6 de maio de 2010

Onde está o leito do rio por onde escorre a sede de conhecimento?...

Onde está o leito do rio por onde escorre a sede de conhecimento?...
O que impele a mente a saciar-se?...
Em que montanha nasce a sede?...
De onde vem esta necessidade não inteligente e não vital?... que me inunda e me resgata...
Que fogo é este? que pressente uma frescura definitiva e inquestionável? Como se fosse o seu destino consumir-se a si próprio...
Que raízes são estas que me sugam os sentidos para vertê-los num oceano  maior? onde as palavras se transformam em ondas devorando todo o conhecimento?...
Serão as raízes o mapa que se estende no tempo e no espaço prendendo-me a reinos objectivos ou serão as raízes cordas de um instrumento que grita as melodias da liberdade e da unidade...
E porque me agarro aqui à miragem destes reinos que não são o meu lar?...
Porque eu não me sinto em casa!...
E a mente parece insaciável... Nada aqui me devolve à totalidade!...
Os meus olhos não alcançam, nem as palavras e nem a mente...
Em que gruta se esconde esta convicção profunda de que a certeza e o entendimento da vida não estão aqui...

To be continued...