terça-feira, 14 de dezembro de 2010

21/09/2008

Resumo da minha Reflexão, ou pensamento…

Am I going crazy?

Apeteceu-me responder com outra pergunta:

E qual é o som de “bater palmas” com as duas mãos?

De onde vem o som? De onde vem o entendimento?

Um raciocínio lógico, fácil e desonesto seria dizer que é o som da tua mão a bater na minha, e que a união faz a força, neste caso o som, e blá blá blá…

Mas de onde vem o raciocínio, e onde me leva?

É difícil “reflectir” sem pensar. É que pensar leva-me a “becos sem saída”.

Lembro-me do filme “Patch Adams” e daquela parte em que um “doente” dizia que para resolver um problema, devemos desviar, desfocar a nossa atenção dele…

Desisto de procurar o sentido desta pergunta, ou a lógica da resposta, mas mesmo assim procuro analogias. É extraordinário…

Cruzo as pernas, verticalizo as costas, fecho os olhos à espera que o corpo adormeça. E ainda tenho de adormecer a vontade e o desejo de responder á pergunta!

Espero que se fechem as portas que me ligam aos sons, ás imagens, aos cheiros, à pele, ao sabor. Mas de onde vêm as melodias, as formas, o aroma, o cetim e o amargo?

Ocorre-me que o som de uma mão a bater palmas é o mesmo que a luz que vejo de olhos fechados, e à qual até atribuo uma cor, mas uma cor que nunca vi de olhos abertos, um tom. Será a vibração da luz?!? Que disparate!

Mas continuo a pensar. Não a reflectir, porque as portas ainda não se fecharam.

Descruzo as pernas reconfortando os membros, alivio os músculos das costas baixando a cabeça, um pouco desiludida comigo… Mas não abro os olhos ainda esperançada numa “luz de dentro” ou um som…

O meu corpo só é real porque o penso? Será aquela cena do “Penso logo existo”? Onde é que sinto o abraço? Onde é que escuto a tua voz? Porque não escuto a minha respiração espontaneamente? Mas o silêncio Fala! O que é a vontade? E o acto? O meu ser é resultado da acção? E a acção? É reflexo do meu ser? Dividir a realidade em partes não resulta. A realidade não é matemática, é ilusão como a vejo. Até porque a vemos todos de maneira diferente e reagimos a essa “realidade” de maneira diferente.

Volto a cruzar as pernas e verticalizo as costas de novo. E descanso…

Não existem palavras para explicar o irreal. O que chamo de “real” é o que me prende e me limita… a tentativa de explicar é o que me cega… E a teimosia de pensar e racionalizar é o que não me deixa escutar o som de uma só mão a bater palmas…

De qualquer modo pressinto que a experiência do auto-conhecimento é o que nos unirá a todos, sem que haja necessidade de explicar ou comunicar, porque é igual, e só uma essa REALIDADE…

Desta vez não consegui adormecer o corpo, nem a vontade, nem o desejo… e nem consegui adormecer a mente. Tchi… Quero cair em ciclos de REM e N-REM, please… Nem sequer consegui expressar tudo o que pensei. Ou reflecti? Às vezes nem palavras há para expressar o que se pensa, quanto mais o que se sente ou experimenta…

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