terça-feira, 3 de junho de 2008

António Ramos Rosa em 26 de Março de 2002

À minha volta vejo a plenitude da luz

sem peso

dar a cada coisa a evidência de ser

Tudo está por dizer à minha frente à minha volta.

Será necessário dizer?

Nada exige que eu diga

o que vejo e respiro

e me inunda

mas sinto a espera de tudo

numa sintonia branca

para que sobre a página

incida

o peso de cada coisa

iluminada

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